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As origens do cooperativismo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">O cooperativismo moderno tem suas origens na América! A solidariedade proposta pelo cooperativismo perde-se na memória, a mais remota. Ela está presente nas sociedades humanas mais primitivas e desenvolveu-se em organizações mais complexas nos impérios mais antigos, desde o Egípcio, Babilônico, Sumério e nos tempos bíblicos. Quando os europeus chegaram na América encontraram dois impérios estabelecidos em bases cooperativas e em estágio de cultura social superior ao da Europa. No hemisfério norte, os Astecas e Maias e, no Sul, os Incas do Peru. O caráter cooperativo dos Incas se revela pela preocupação com as tribos indígenas que ocupavam as regiões ao leste da Cadeia dos Andes. Através de missões culturais, visitavam as tribos mais primitivas e lhes ensinavam práticas agrícolas e a cultura de grãos e raízes selecionadas, de origem americana e que constituíam sua base alimentar. Em território que viria a ser o Brasil atual, as tribos de origem tupi-guarani foram sempre as mais permeáveis aos ensinamentos incaicos.

Com a fundação em 1534 da Companhia de Jesus, começaram a aportar ao Novo Mundo, os Jesuítas catequizadores e educadores sociais, sempre preocupados em proteger os indígenas da sanha escravizadora dos portugueses e espanhóis. Para isso procuravam aldear os povos pacificados e, a partir do final do século 16 e durante todo o século 17, foram construindo a grande experiência social das Missões. Aproveitando e sistematizando a cultura tupi-guarani, foram construindo uma nação indígena que chegou a ocupar um imenso território abrangendo terras do sul do Brasil, norte da Argentina e Paraguai. O trabalho, organizado em bases de cooperação, era responsável pelo sustento alimentar e produção exportável de erva-mate e couros que tornaram as Missões Jesuíticas economicamente poderosas. O laser era todo ocupado com o cultivo das artes: música, canto orfeônico, escultura etc. Esse desenvolvimento social e econômico chegou a preocupar Portugal e Espanha que, em meados do século 18, providenciou o desmantelamento desse sistema, expulsando os Jesuítas da América e ocupando as Missões com a burocracia militar.

Essa grande experiência social chegou ao conhecimento de pensadores que, na Europa, se debatiam com as experiências da Revolução Industrial e os problemas que atingiam os trabalhadores. Os chamados Socialistas Utópicos, como Saint Simon, Fourier, Robert Owen, Charles Gide foram propondo formas de amenizar as agruras sociais causadas pela exploração dos trabalhadores. Na Inglaterra a figura de Robert Owen destacou-se pela preocupação com os problemas sociais então vigentes. Pela sua influência como industrial poderoso foi criada a primeira creche dentro das suas fábricas, limitando as horas trabalhadas, estimulando a formação dos primeiros sindicatos e, através de seu discípulo Jorge Holyoake, foi o responsável pela criação da primeira cooperativa de consumo pelos 28 tecelões de Rochdale, em 1844.

A partir dessa data, o cooperativismo moderno foi criando cooperativas nas mais diversas áreas da economia: na Agricultura, na prestação de serviços como médicas, trabalho terceirizado, transportes, crédito e até na organização de estados nacionais. O cooperativismo tem se mostrado capaz de solucionar todos os problemas econômicos criados pelo capitalismo ou pelo comunismo. As ideias sociais permeiam todos os partidos políticos. Na Europa, a social-democracia está por toda a parte. No Brasil está nas siglas da maioria dos partidos: PSD, PSL, PSDB etc. Até mesmo o capitalismo tem se valido das ideias sociais para se humanizar. Do capitalismo selvagem do início do século 19, ao Liberalismo do século 21 o cooperativismo tem se mostrado, cada vez mais, a grande solução.

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